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Estamos em plena pandemia, com muitas restrições, mas as mentes criativas continuam atuantes.
O arquiteto Brunno Meirelles teve a felicidade de reformar uma casa de Jorge Zalszupin, um dos ícones do modernismo brasileiro. E também de morar nela.
Como você encontrou a casa?
Essa casa era dos avós da minha esposa Naia. Em um dos vários natais que passei nela, João (avô materno da Naia, já falecido), cliente do Jorge Zalszupin, me disse: “Venha ver a planta original desta casa, acho que você vai gostar!”. Quando ele me entregou uma velha pasta cheia de desenhos antigos e eu pude ver a assinatura do Zalszupin na planta, foi como se um tesouro tivesse caído nas minhas mãos. Mesmo sem nunca ter imaginado que um dia eu pudesse morar ali, ficava imaginando quais seriam as alterações que eu faria se a casa fosse minha! Eis que o destino me deu essa oportunidade.
Qual era o estado da casa e qual foi o conceito adotado para o projeto?
Ela se encontrava no mesmo estado de construção original, porém a construção não respeitou 100% do projeto original do Zalszupin. Ao reformá-la, minha ideia era reproduzir o projeto original e trazer o uso de materiaise revestimentos de época para não descaracterizar o estilo da residência. O conceito foi tentar manter a originalidade da casa sem agredir com algum estilo minimalista, contemporâneo ou qualquer outro que interferisse no resultado já existente.
Como a história do Zalszupin impactou o conceito do projeto?
Impactou em todos os aspectos, uma vez que manter a originalidade do projeto foi a maior preocupação. Entender as soluções iniciais nas plantas originais e trazer isso de volta à casa foi meu maior prazer.
Quais foram os materiais utilizados?
Alteramos o piso de ardósia escura da sala de jantar para um granilite mais claro no intuito de trazer mais claridade para os ambientes internos. O granilite com seixos de rio (seixos que já existiam originalmente) veio da busca na utilização de um material usado nos anos 60 (época de construção da casa).
Para manter a originalidade da casa, o arquiteto buscou materiais usados nos anos 60, quando ela foi construída, como o granilite com seixos de rio na sala de jantar.
“Entender as soluções nas plantas originais do Zalszupin e trazer isso de volta à casa foi meu maior prazer.” Brunno Meirelles
Brunno Meirelles
Estamos em plena pandemia, com muitas restrições, mas as mentes criativas continuam atuantes.
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