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Estética minimalista

Os propulsores por trás da estética que está guiando – e guiará – o mercado de luxo nas próximas temporadas.

por Giovanna Bedinelli

Em 2023 vemos uma recessão no horizonte com uma crise bancária global em andamento, abalando a confiança do consumidor que passa, segundo o Banco Mundial, pelo “terceiro ritmo de crescimento mais fraco em quase três décadas, ofuscado apenas pelas recessões globais causadas pela pandemia e pela crise financeira global”.

Este mesmo cenário de crise atual em que nos encontramos, traz para o mundo da moda um movimento parecido com o que foi visto na crise de 2008, em que caminhamos para uma tendência de nos vestirmos de forma mais atemporal e básica. A forma como nos expressamos e vestimos é um reflexo de fatores sociais, necessidades de cada época e tem muito a ver com nossos comportamentos e relações sociais e pessoais.

E foi através do mapeamento de fatores como esses, vivenciados anteriormente, que a WGSN detectou a ascensão do #LowKeyLuxury com meses de antecedência, que agora se consolida a partir da temporada de inverno 2024 no Brasil, mas com muito potencial de impactar as próximas temporadas e próximos anos. Podemos caracterizá-la como uma estética minimalista, carregada de tons neutros, materiais de qualidade e superfícies levemente texturizadas. 

Um reflexo gradual da ascensão dessa mudança de comportamento foi a maior procura por artigos básicos em plataformas de busca no último ano. Dado que confirma que as narrativas estão sendo cada vez mais criadas em cima da praticidade e versatilidade das peças, com o consumidor enxergando valor em propostas que possam ser usadas de diversas formas e em diferentes ocasiões, carregando um estilo sofisticado sem esforço.

Nas principais semanas de moda internacionais, as marcas premium também responderam ao mercado cauteloso, entregando itens e cores clássicas, que transmitem uma sensação de segurança e abandonando a estética de designs mais ostensivos, hedonistas e saturados que vínhamos acompanhando nas últimas temporadas. Marcas como MiuMiu, Bottega Veneta e Prada apostaram nessa direção de peças duradouras, menos apoiadas em estéticas momentâneas e principalmente destacando a volta das tonalidades neutras que garantem a atemporalidade dentro do guarda- -roupa das consumidoras e possibilitam mais usabilidade da peça. 

Ao realizarmos um recorte dos ideais da Geração Z – grupo próximo de assumir o posto de maior poder de consumo nos próximos anos e chamando a atenção de grande parte do mercado, podemos corroborar que esta mudança de comportamento prevalecerá nos próximos anos, reforçada pela preocupação com questões ambientais que impulsionam essa geração e o seu desejo por roupas que podem ser passadas de geração para geração, ou que proporcionem materiais duradouros que possibilitem a revenda do item. 

Apesar do boom das micro estéticas que vivenciamos em 2022, impulsionado por redes sociais como Tik Tok, veremos cada vez mais o consumidor pesar na balança o investimento x retorno de suas compras, com o avanço da mentalidade mais consciente em relação ao planeta e à sociedade, reforçando o surgimento de movimentos como o Low Key Luxury.

Estética Minimalista - Giovanna Bedinelli - Jornal aQuadra
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