Muito se tem falado sobre Inteligência Artificial (IA) ultimamente, desde que o ChatGPT ganhou uma poderosa quantidade de informação e se tornou capaz de escrever textos acadêmicos e jurídicos, resumos, scripts para vídeos e blogs, histórias de ficção – bastando para isso digitar algumas palavras-chave.
É realmente sensacional, mas vale lembrar que a IA é uma tecnologia que tem sido usada extensivamente em nosso dia a dia, seja nos assistentes de voz dos smartphones, no e-commerce, nos chatbots de atendimento, quando você fala com alguém que não é humano, quando faz uma pesquisa na Internet e depois é bombardeado com links sobre o tema e por aí vai.
O funcionamento da IA baseia-se na combinação de grandes volumes de dados digitais e algoritmos inteligentes, que permitem ao sistema ler e interpretar padrões e informações para resolver tarefas específicas e atingir objetivos determinados.
Ou seja, a IA busca fazer com que as máquinas atuem como os seres humanos: que possam analisar, raciocinar, aprender e decidir de maneira lógica e racional.
Para Bill Gates, fundador da Microsoft, os chatbots inteligentes, como o ChatGPT, são a maior revolução tecnológica em décadas. “A inteligência artificial é tão revolucionária quanto os celulares ou o computador pessoal.” Em seu blog Gates Notes, ele descreveu a sua impressão ao utilizar o ChatGPT pela primeira vez: “A experiência foi impressionante”.
POLÊMICAS E DEBATES ÉTICOS
No texto ou na imagem feitos pela IA, de quem é a autoria? Essa é uma discussão que vem ganhando força nos Estados Unidos.
“Não existe nada na lei que regulamenta quem é o autor. Na lei de direitos autorais, a definição de quem é o autor é uma pessoa física, então não existe uma posição definida. A maior parte entende que a IA não é autora de nada. Mas, quem é o autor? Os criadores da plataforma, da IA, a pessoa que foi lá e mandou um comando? Nada ainda foi definido. Muito provavelmente isso será regulado em breve”, disse Karina Haidar Müller, especialista em estratégia de intangíveis.
IMAGENS A PARTIR DE UM TEXTO
No Dall-E, você digita a imagem que deseja criar e a tecnologia faz isso para você em alguns segundos. Simples assim.
Tecnologia criada pela OpenAI, uma instituição sem fins lucrativos, focada em pesquisa em inteligência artificial, o sistema ainda dá à sua imagem o estilo que você escolher.
O Midjourney, por sua vez, é uma ferramenta que traduz em imagens perguntas em texto através de seus algoritmos. Desenvolvido por um laboratório de pesquisa independente, funciona dentro do Discord, e de forma coletiva, ou seja, você acompanha as criações de todos que estiverem no mesmo canal.
Ali se pode desenhar a imagem, pedir qualquer estilo de arte ou perguntar como seria, por exemplo, São Paulo como cenário de O Diabo Veste Prada. Os resultados são surpreendentes.
ARTE COM TECNOLOGIA
Juntos desde 2019, o duo de artistas visuais e designers Nicole Tomazi e Sergio Cabral se uniu para expressar, por meio da arte e da poesia, sua forma de viver e ver o mundo. Com talentos e habilidades complementares, exploram diversas estéticas e abordagens em design experimental, instalações e obras artísticas.
A coleção de miniaturas “E aí, AI?”, apresentada na Estar Móveis durante o DW23: “Decidimos interagir com a Inteligência Artificial, que a cada estímulo gerava novas possibilidades imagéticas para materializarmos manualmente. Escolhemos a feltragem manual para dar vida às imagens oriundas da interação”.
IA NA MEDICINA
A IA é amplamente utilizada para análises de exames nos laboratórios, no desenvolvimento de remédios e até em diagnósticos.
Em fevereiro, pesquisadores de Harvard publicaram um estudo no qual o desenvolvimento de um sistema de inteligência artificial pode ajudar a prever e antecipar quais pacientes mais se beneficiarão da cirurgia da enxaqueca. “Os desenhos de padrões de dor do paciente podem prever resultados ruins na cirurgia. Essa estrutura de aprendizado de máquina criada pelos pesquisadores foi capaz de interpretar automaticamente os desenhos de dor para prever os resultados cirúrgicos”, explica o Dr. Paolo Rubez, cirurgião plástico, membro da BAPS (Brazilian Association of Plastic Surgeons).
A taxa média de sucesso para mulheres mais vel has engravidarem por meio da fertilização in vitro é de apenas 30%. Mas em breve estará disponível um sistema de inteligência artificial com o objetivo de melhorar os resultados. “Eles ajudarão os médicos especialistas a selecionar objetivamente os embriões com maior probabilidade de resultar em um nascimento saudável”, diz o Dr. Rodrigo Rosa, especialista em reprodução humana e diretor clínico da Clínica Mater Prime.
IA NA MÚSICA
Músicos precisam adquirir conhecimento em tecnologia para tirar proveito do potencial das ferramentas de IA. Serviços como o LANDR usam inteligência artificial para masterizar músicas de forma mais rápida e barata do que os seres humanos, e já produziram mais de 10 milhões de músicas.
OPINIÃO
Se as redes sociais vêm sendo inundadas de fake news, muitas das quais se espalham rapidamente e se tornam verdades para muita gente, o que dizer de imagens e até de vídeos que parecem reais, feitos por Inteligência Artificial?
Viralizou, por exemplo, o papa Francisco usando um casaco puffer todo estiloso e o ex-presidente americano Donald Trump sendo perseguido por policiais em Nova York. Tudo fake.
Embora a capacidade de manipular fotos e criar imagens falsas não seja nova, ficou muito mais fácil produzilas usando geradores de imagens sofisticados, alimentados pela IA, como o Midjourney, Dall-e e outros.
Especialistas em desinformação alertam que as imagens são precursoras de uma nova realidade: fotos falsas e vídeos inundando as mídias sociais e deixando fatos e ficção cada vez mais confusos.
Por Judite Scholz – editora
O mundo realmente mudou. E, como você, estamos tentando entender esse novo mundo. Tudo o que é novo assusta à primeira vista,
mas vai entrando no nosso cotidiano e, quando percebemos, não vivemos mais sem. Foi assim com o celular e com a internet.
Não há quem discorde: São Paulo respira arte. Nas ruas, nas galerias, nas empenas, nos museus e de 11 a 19 de março, na Tradicional Feira na Rosenbaum.
Gabriella Constantino Leal uniu paixão e vocação – moda e business – e criou a plataforma Prettynew, com a proposta de oferecer peças-desejo seminovas das principais marcas de luxo, estimulando a cultura do second-hand e da tendência do consumo consciente.
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