Nos anos 50, com o desenvolvimento econômico que fez surgir várias fábricas de automóveis, o carro tornou-se símbolo do Brasil pujante. Para eles trafegarem, o único espaço para fazer avenidas era sobre os rios, pois os morros já estavam ocupados.
Assim, ao longo dos anos, muitos rios foram canalizados e aterrados para dar lugar a construções e vias urbanas. E acabou tornando-se um problema para a cidade, uma vez que as galerias pluviais não conseguem dar conta do volume de água em períodos de chuva intensa, causando enchentes e alagamentos.
A avenida Nove de Julho, próxima à avenida Paulista, foi construída sobre o rio Saracura, que corre até a Praça da Bandeira. Do outro lado, na zona oeste, a Nove de Julho encobre o córrego Iguatemi, afluente do rio Pinheiros.
O córrego do Bixiga atravessa o bairro da Bela Vista e passa embaixo da Câmara Municipal. O córrego Pacaembu, afluente do Tietê, tem sua nascente nos morros no entorno do estádio Pacaembu, e corre sob a avenida Pacaembu. A avenida Bandeirantes passa por cima do córrego da Traição, afluente do rio Pinheiros. O córrego Águas Espraiadas está sob a avenida Roberto Marinho. O córrego Antonico, sob a avenida Jorge João Saad, passa pela favela Paraisópolis, pelo estádio do Morumbi e deságua no Pirajussara, afluente do rio Pinheiros. O rio Pirajussara, que nasce no município de Embu das Artes, passa por Taboão da Serra e deságua no Pinheiros, em São Paulo, é encoberto pela avenida Eliseu de Almeida.
A avenida Luiz Inácio de Anhaia Mello, na zona leste, foi construída sobre o rio da Mooca, afluente do rio Tamanduateí.
A avenida Salim Farah Maluf, que separa os bairros do Tatuapé e do Belém, na zona leste, flui sobre o rio Tatuapé, afluente do Tietê.
A avenida Inajar de Souza atravessa a zona norte e acompanha o traçado do córrego Cabuçu de Baixo, afluente do rio Tietê.