Entre as pausas – Crônica Vania Assaly
Tic toc, tic toc, tic toc.
Há muito tempo não escuto a batida do relógio… afinal, substituí o antigo ponteiro por meu inseparável celular. Ele me avisa diariamente se é dia ou noite.
Em maio, o Encontro de Observadores de Aves (Avistar) reuniu na Cidade Universitária (USP) cerca de 12 mil pessoas, interessadas em conhecer novos roteiros para observar aves, ou passarinhar, saber as novidades sobre novas espécies, sobre ameaças, comprar produtos relacionados à atividade ou apenas encontrar amigos e pessoas que têm os mesmos interesses. Um recorde de público para um evento que começou timidamente em 2006.
Entre as palestras da edição deste ano, chamou a atenção a que destacava que “passarinhar” faz bem para a saúde física e mental, segundo pesquisa apresentada pela dra. Eliseth (Lis) Leão, do Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein (Iiep), conduzida por equipe da instituição ligada ao Hospital Albert Einstein e de outras instituições – como a Unesp e o Instituto Butantã –, nos moldes de pesquisas já realizadas em outros países e que chegaram à mesma conclusão.
“Bacana”, você deve estar pensando, mas onde o morador de uma cidade como São Paulo vai observar aves em seu dia a dia?
Acredite ou não, na capital paulista já foram registradas cerca de 500 espécies de aves! Para avistá-las, você pode frequentar parques como o Parque Ibirapuera, o Parque da Cantareira e o Parque Ecológico do Tietê. E pode começar prestando atenção nos pássaros lindos do seu bairro.
Para saber quem está cantando, já há aplicativos que identificam os sons das aves, como o Merlin Bird ID, do Laboratório de Ornitologia da universidade de Cornell, que também oferece o eBird, aplicativo com o qual você pode fazer listas das aves observadas. No Brasil, contamos ainda com a plataforma WikiAves (wikiaves.com.br), misto de f enciclopédia e rede social, na qual se pode pesquisar e postar fotos e sons das aves encontradas. E já há quem, como a veterinária e ornitóloga Melissa Alves, ofereça um minicurso gratuito de observação de aves. @admiraves
Nesta página, uma lista de aves lindas que são bastante comuns nos Jardins. Uma sugestão para atraí-las e ampliar sua chance de admirá-las é lhes oferecer frutas e água no jardim ou no parapeito da janela.
BEM-TE-VI (Pitangus sulphuratus) A vocalização deu origem ao nome popular desse lindo pássaro de barriga amarela, de alimentação generalista e capaz de se adaptar a diversos ambientes.
PERIQUITO-RICO (Brotogeris tirica) Esses periquitos de um verde intenso costumam voar ou pousar em bando nas árvores e em beirais, assim como sob os telhados das casas, fazendo uma enorme algazarra. Impossível não notá-los.
PICA-PAU-DE-CABEÇA-AMARELA (Celeus flavescens) O ruído estridente chama a atenção para esse lindo pica-pau que tem sido bastante visto fazendo toc-toc nas árvores dos Jardins. Dica para distinguir o macho da fêmea: ele possui uma mancha vermelha na região malar.
PITIGUARI (Cyclarhis gujanensis) Vive no alto das árvores e é mais fácil escutá- -lo (o chamado lembra o nome) do que vê-lo. O que é uma pena, porque é lindo. Tem olho vermelho, o dorso e o topo da cabeça esverdeados e o pescoço amarelo.
ALMA-DE-GATO (Piaya cayana) Costuma viver solitária, saltando de galho em galho nas árvores. E o que mais chama a atenção nela é sua longa cauda com manchas brancas nas pontas e no interior.
SABIÁ-LARANJEIRA (Tudus rufiventris) Ela é considerada a ave- -símbolo do Brasil e de São Paulo. É impossível não notar o lindo canto desse pássaro de barriga alaranjada nas madrugadas, antes do amanhecer, em especial na primavera. Como desce com frequência ao solo à procura de alimentos (insetos, minhocas e frutas), é fácil vê- -lo nas ruas, praças e jardins.
MARACANÃ-PEQUENA (Diopsittaca nobilis) Essa espécie, linda e barulhenta, que costuma andar em pares ou em bandos de até 20 indivíduos, colonizou há pouco tempo a cidade e pode ser facilmente observada em nossas árvores e no céu.
SANHAÇO-CINZENTO (Thraupis sayaca) Uma gracinha de ave de coloração cinza-azulada que costuma viver em casais no alto das árvores. Espécie bastante comum em São Paulo, e que, tal qual os sabiás, gosta de frutas como banana e mamão.
Tic toc, tic toc, tic toc.
Há muito tempo não escuto a batida do relógio… afinal, substituí o antigo ponteiro por meu inseparável celular. Ele me avisa diariamente se é dia ou noite.
Com esta edição, que marca um momento muito especial para mim – a comemoração de quatro anos do jornal –, tenho ainda mais convicção de que nunca devemos parar de sonhar, pois são os sonhos que nos impulsionam a seguir em frente e a ter motivos para continuarmos festejando, sempre.
Chaufa é uma espécie de arroz frito que foi criado pelos imigrantes que formaram, no Peru, a maior colônia chinesa da América Latina.
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